Antónia d’Aninha, Nha

Por GN em

Nha Antónia d’Aninha. Foto: Alcides Lopes

Antónia Ana Santos

Ribeira Torta, Porto Novo, Santo Antão, 1932 – Santo Antão, 2021

Cantora

Foi aos 76 anos que Nha Antónia d’Aninha gravou o seu CD, intitulado Boxom, nome que se dá às cantigas que tradicionalmente se cantam nos casamentos na ilha de Santo Antão, de onde é natural. Aí viveu até aos 15 anos, e com a morte do pai a mãe transferiu-se com os filhos para São Vicente. Nessa ilha, a jovem Antónia impregnou-se da musicalidade presente em diferentes ocasiões, como o Carnaval, os bailes e as serenatas que nesse tempo se faziam.

Mais tarde, como relatado na capa do seu disco, regressa a Santo Antão, onde se dedica à agricultura e à criação de gado. Mas a música esteve sempre presente, já que Nha Antónia d’Aninha animava bailes, habitualmente acompanhada pelo seu tio, Luciano Pinto, de quem gravou algumas composições em Boxom, e também costuma ser sempre convidada para cantar nos casamentos.

A produção do CD resultou da conjugação de esforços de Jorge Martins, do grupo de teatro Juventude em Marcha, e do artista John Euclides, radicado em França, que trabalhou os arranjos e assumiu a produção musical, além de tocar vários instrumentos. O álbum, gravado entre Luxemburgo e Paris, saiu em 2008 e além das cantigas de casamento inclui mornas e koladeras.

Discografia

  • Boxom – Música tradicional de Cabo Verde, John Euclides, Paris, 2008.

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Entrevista

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