Faia Torres

Por GN em

Rafael Augusto Torres

Mindelo, São Vicente, 1898 – Lisboa, Portugal, 1966

Instrumentista (violão, bateria)

Faia Torres participou em vários grupos e tem presença em quatro dos oito EP da Casa do Leão, editados entre fins da década de 1950 e primeiros anos da década de 1960. Além do violão, tocava bateria e com este instrumento participou no grupo Centaurus, na década de 1960. Era bem mais velho que os outros músicos com quem interagia. Aliás, muito antes do Centaurus, Faia Torres tinha sido o baterista do Jazz Band Caboverdiano, que existiu entre os anos 1920-1930.

Grupo de músicos em São Vicente, nos anos 1960, que veio a originar o Centautus e o Ritmos Cabo-Verdianos. Faria Torres é o primeiro da dir. para esq., ao violão. Imagem extraída de vídeo no Youtube/Arquivo Carlos Gonçalves

A foto que aparece nesta página é anterior à formação do Centaurus, esclarece o jornalista Carlos Gonçalves (cujo pai, Naldinho, era um dos integrantes do Centaurus) a Cabo Verde & a Música – Museu Virtual. Segundo esta fonte, havia um grupo que actuava em saraus no Grémio (clube da elite mindelense na época) do qual faziam parte Naldinho Gonçalves, Djosa Marques, Angelo Lima e Faia Torres, este último ao  violão.

A certa altura, os músicos resolveram formar dois conjuntos, e encomendaram à Casa do Leão um grupo de instrumentos: duas baterias, guitarras elétricas, contrabaixo e um órgão. Djosa Marques e os dois irmãos vieram a criar o Ritmos Cabo-Verdianos. Os três que estão na foto ficam no Centaurus, com Hermes Lima no contrabaixo e Faia Torres na bateria.

À parte a música, Faia Torres foi funcionário da Cable and Wireless Company Ldt. e, do contacto com os ingleses, aprendeu as modalidades desportivas da época: cricket, futebol e ténis, tendo nesta última sido campeão local.

Agradecimentos a Francisco V. Sequeira e Carlos Gonçalves pelo apoio na construção desta página.  

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