Anabela de Melo

Por GN em

Anabela de Melo. Foto cedida por Anabela de Melo

Anabela de Melo Azevedo

Praia, Santiago, 1937

Cantora

Nos anos 1950, Fernando Quejas e Marino Silva eram os representantes da música cabo-verdiana em Portugal. No fim dessa década, dois jovens praienses passam a integrar esse grupo: Anabela e Mário de Melo. O pai era português, de Braga, e a mãe da Praia. A família muda-se para Portugal e, primeiro o irmão, depois Anabela, iniciam uma efémera carreira artística, que irá durar até meados dos anos 1960.

Integraram o casting da então chamada Emissora Nacional (EN) e nessa qualidade participavam de programas como os Serões para os Trabalhadores (realizados ao vivo, em auditórios) e Presença do Ultramar. Gravaram singles com os principais maestros portugueses da altura e aparecem também como atores de fotonovelas, além de percorrerem o país, em duo ou individualmente, em espetáculos ao lado dos artistas portugueses em voga na época. A revista Plateia traz em junho de 1964 uma reportagem sobre os irmãos, com várias fotografias, e no mês seguinte ambos aparecem na contracapa desta publicação. 

Anabela tem dois títulos na sua discografia. Um com o maestro Tavares Belo, gravado por volta de 1963, interpretando uma parceria sua com o maestro e ainda dois temas de B.Léza – “Ribeira Grande” e “Nossa Senhora de Fátima” – e Reza pa Mi Nha Cretcheu”, de Tututa. O outro, com Mário de Melo, acompanhados pela orquestra de Joaquim Luís Gomes, encerra a sua vida artística. 

Discografia

  • Mornas por Anabela de Melo – Orquestra de Tavares Belo, EP, Alvorada, Porto, (1963, data aprox.).
  • Mário e Anabela de Melo – Orquestra de Mornas de Joaquim Luís Gomes, EP, Alvorada, Porto, (1963, data aprox.).

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