Djidjungo

Por GN em

António Joaquim Lima

Sal-Rei, Boa Vista, 1922 – Sal-Rei, Boa Vista, 1982

Compositor

Autor de mornas, sambas e marchas, Djidjungo era também conhecido por Djay na sua ilha. É lembrado sobretudo como autor da morna “27 de Setembro”, que terá composto em 1947, quando soube que fora convocado para regressar ao exército colonial. O compositor lamenta este facto na letra da composição que foi gravada por Fernando Quejas e, em versão instrumental, por Travadinha e por Humbertona. Num artigo a relembrar este personagem boavistense, o seu conterrâneo Noel Fortes (Novo Jornal Cabo Verde, 16.10.1993) dá pistas sobre a sua vida multifacetada: pescador, futebolista, militar, compositor… Num artigo anterior no Voz di Povo (14.08.1982), por ocasião do falecimento de Djidjungo, Fortes fornece uma lista de composições da sua autoria, em que se destacam algumas de teor claramente político, como as mornas “27 de Setembro” e “Native ca tem razon” e a marcha “5 de Julho”.   

A tradição que se encontra na obra de Luís Rendall e de B.Léza, por exemplo, de homenagear pessoas com músicas, aparece também nas composições de Djidjungo, tendo como exemplos as mornas “Sr. Zuca” (homenagem ao enfermeiro desse nome que passou algum tempo na Boa Vista), “Sr. Adalberto”, “Roçadas”, “Dr. Meira”, “Dr. Valadar” e “Túlia”. Outras composições da sua autoria, segundo o mesmo artigo de Noel Fortes: “Castanhinha”, “Saiona de Vinte one”, “Tres voluntárias”, “Bô amor fingido”, “Nove de Maio”, “Bô vive sempre iludida”, “Académica” (mornas); as marchas “Grupo universal da juventude”, “Académica grupo animado” e “Marcha de Carnaval”; e os sambas “Cena de uma pequena” e “Vocês não tinham o direito”.  

Composições

Amor Fingido (parceria com António Sancha); 27 de Setembro; Sr. Adalberto, Roçadas, Dr. Meira, Dr. Valadar; Túlia; Castanhinha, Saiona de Vinte one, Tres voluntárias, Bô amor fingido, Nove de Maio, Bô vive sempre iludida, Académica; “Grupo universal da juventude; Académica grupo animado; Marcha de Carnaval; Cena de uma pequena; Vocês não tinham o direito.

Colaborou na pesquisa: Francisco V. Sequeira


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