Djom di Robeca

Por GN em

João Fernandes

Mosteiros, Fogo, 1950

Instrumentista (violino), compositor

Como a maior parte dos artistas cabo-verdianos, Djom di Robeca aprendeu a tocar sozinho, em criança, vendo os mais velhos – no seu caso o pai, também violinista – e construiu com latas e pedaços de pau os seus primeiros instrumentos. E também como a maior parte deles, não vive da música – é funcionário administrativo do Instituto Português de Oncologia. Pouco depois da independência, emigrou para Portugal e aí concluiu o liceu, já depois de adulto e de ter cumprido o serviço militar durante a guerra colonial, em Angola.

Os dados sobre o artista constam de textos online, como um trabalho de campo em etnomusicologia, intitulado Corda lá corda’m li – Histórias de quem toca o violino em crioulo (Cid Carmo, 2007), e um artigo no A Semana Online em 2008 (“Postal de Lisboa”, já não disponível). Mas a música nunca ficou de lado, ainda que as oportunidades de se apresentar não sejam muitas. Residindo no Barreiro, conta que é num bar desta localidade que por vezes atua, mas muitas vezes é preciso interromper por causa do barulho e de queixas dos vizinhos.

Djom di Robeca compôs grande parte das músicas dos dois álbuns instrumentais que gravou, além de temas de outros compositores cabo-verdianos, com mornas, sambas e mazurcas. Os discos contaram com o acompanhamento de Armando Tito, Mané Rádio e Kiki. Foram editados nos EUA, onde atuou para a comunidade cabo-verdiana na promoção do primeiro.   

Discografia

  • Adeus sofrimento, CD, e/a, EUA l/d, 2001.
  • Terra di longe, CD, e/a, EUA l/d, 2003.
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