Gabriel Mariano

Por GN em

José Gabriel Lopes da Silva Mariano

Ribeira Brava, São Nicolau, 1928 – Lisboa, 2002

Compositor, escritor

A ligação de Gabriel Mariano com a música aparece não só pelas suas letras musicadas por Jacinto Estrela, Aníbal Monteiro e Ramiro Mendes. Chegou a compor marchas e sambas para o Carnaval, na sua juventude, e um caderno com letras foi entregue a um músico que, no início dos anos 1990, ficou de musicá-las e nunca mais apareceu.

O juiz, poeta, contista e ensaísta é uma fonte importante de informações sobre personagens como Ti Goy, Lela de Maninha, Tchufe e Mochim d’Monte, por exemplo, que aparecem retratados nas suas obras de ficção que mostram o mundo boémio do Mindelo dos anos 1940 e 1950.

Lela de Maninha é o poeta da ponta-de-praia,

e dos catraeiros sem bote.

Lela é o poeta da cidade e das meninas-de-vida.

Gabriel Mariano, no conto “Caduca”, em Vida e Morte de João Cabafume

Composições

“Mudjer Bonita” e “Sina de Cabo Verde” (parcerias com Jacinto Estrela); “Poema do serviçal” (poema musicado por Aníbal Monteiro); “Sol na Tchada” (poema musicado por Ramiro Mendes); “Chega o momento” (versão em português de “ Bejo d’Sodade” de B. Léza)

Obras publicadas (não exaustivo)

  • “O amor na poesia de Eugénio Tavares”, em Cabo Verde – Boletim de Propaganda e Informação, agosto 1950. Conferência.
  • Cultura Caboverdeana. Editora Vega, Lisboa, 1991. Ensaio.
  • Ladeira Grande. Editora Vega, Lisboa, 1993. Poesia.
  • Vida e morte de João Cabafume. Editora Vega, Lisboa, 2001. Contos.
  • “Capitão Ambrósio”, inserido na Antologia temática de posia africana, 1: Na noite grávida dos punhais, org. Mário de Andrade. Editora Sá da Costa, Lisboa, 1977. Poesia.

Para saber mais

http://www.lirecapvert.org/gabriel-mariano1928-2002.html


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