Chala

Marcelino Correia Silva

Mindelo, São Vicente, 1950

Instrumentista (sopros), compositor, arranjador

Chala foi saxofonista e clarinetista d’Os Apolos, a partir de 1973, e assegurou os arranjos da maior parte das composições gravadas pelo grupo, além de ser o autor de vários temas. Antes disso, no despontar dos grupos elétricos na Praia, na virada dos anos 1960 para os 1970, participou n’Os Leões e na formação inicial d’Os Tubarões, tendo sido o seu primeiro saxofonista. Durante algum tempo que passou no Sal, Chala participou no grupo Os Únicos.

Entre as suas colaborações em gravações conta-se o LP Sanjon na Ribera d’Jilion, gravado na Holanda em 1976, com Frank Cavaquinho, entre outros. No ano seguinte, em Portugal, gravou com Nho Balta. Em Paris, em finais dos anos 1970, aparece nos sopros na gravação do LP Nha Boti, do grupo Os Imigrantes.

Já nos anos 2000, participou no renascido Voz de Cabo Verde, que nesta altura já não contava com o clarinete de Luís Morais, falecido em 2002.

Entre projetos discográficos em que participou, tocando clarinete, incluem-se o CD Voz d‘Amor, de Cesária Évora, no tema “Velocidade”; e três dos álbuns de Mariana Ramos Bibia, Quinta e Mornas). Colaborou também em gravações de Jorge Humberto.

De família de Santiago mas nascido em São Vicente por transferência temporária do pai, que era polícia, para aquela ilha, Chala encontrou a música em casa, com o irmão mais velho, Manuel Clarinete, regente da banda da Praia, daí a sua formação nos sopros.

Residente em França desde o início da década de 1980, divide o trabalho como segurança com apresentações pontuais e colaborações em estúdio. Nunca gravou a solo. Não confundir com o mindelense Tchala.