Toy Paris

Por GN em

Toy Paris. Fonte: Facebook

António José Paris

Mindelo, São Vicente, 1960

Instrumentista (bateria)

Baterista a viver como profissional da música em Portugal desde o início dos anos 1980, Toy Paris participou em vários grupos antes de deixar Cabo Verde: em São Vicente, o Seis Jovens Unidos, entre 1974 e 1975, e o Wings, de que foi um dos fundadores, em 1976 e que deixou quando foi fazer o serviço militar em Santiago e Sal. Nesta ilha, toca no grupo Fontona; mais tarde, na Praia, no Djarama.

Ao voltar para o Mindelo, voltou para o Wings e pontualmente atuou com o Cabosamba, até ser chamado por Bana para integrar o Voz de Cabo Verde (II).

Toy Paris partiu para Portugal no início de 1983. Desde então, toca nos vários espaços musicais cabo-verdianos que se sucederam ao longo dos anos na capital portuguesa e numa infinidade de discos. Em 2002, integrou o Voz de Cabo Verde (III), ressuscitado 30 anos depois.

Quando Toy Paris viu pela primeira vez uma bateria – que o pai tinha trazido de uma das suas viagens para o seu grupo, o Benitómica – foi uma surpresa, pois só conhecia instrumentos como violões e cavaquinhos, revela no seu depoimento a Cabo Verde & a Música – Dicionário de Personagens.

“Gosto de aprender só com os olhos, ninguém me ensina, dizendo é assim, assim.”

Toy Paris, em Cabo Verde & a Música – Dicionário de Personagens

O irmão mais velho, Manuel Paris, começou a aprender bateria, depois passou para o baixo, e por sua influência é que Toy foi para o instrumento a que se dedicou definitivamente. “Gosto de aprender só com os olhos, ninguém me ensina, dizendo é assim, assim. Então havia aquele rapaz que era baterista, Narciso ‘Natchatche’, eu a olhar, a olhar… Meu irmão disse: ‘Vamos formar um grupo’, mas eu era pequeno, meu pé não chegava ao pedal!”. Mesmo assim, depois de tocar guitarra algum tempo, acabou ficando com a bateria. Para sempre.

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