Maiúka Marta

Por GN em

Mário Alcebíades Correia Gomes Marta

Praia, Santiago, 1946 – Luanda, Angola, 2011

Cantor, compositor

Maiúka viveu em Angola da década de 1970 até o fim da sua vida, em 2011. Foi a voz do Merengues, grupo de destaque na música angolana da época e que o acompanhou no seu single a solo Batuque é feitiço, raro documento da música de intervenção cabo-verdiana, naquela altura no seu auge. A outra faixa do disco é Viva Cabral, de José Carlos Schwartz. Outro single gravado na época tem um tema próprio, “Fontona”, e “Ana”, da autoria do seu irmão Tonecas Marta.

Entre 1978 e meados dos anos 1980, Maiúka participou nos grupos Grito d’Povo, formado por angolanos e cabo-verdianos, e Zimbo.

Profissional do setor bancário a partir de 1973, inicialmente conciliou este trabalho com o futebol – jogou profissionalmente nas equipas do Sporting e do Benfica de Luanda. Contudo, uma cirurgia fez com que, em 1981, abandonasse o desporto.

Desde os tempos de Bissau, Maiúka manteve com o compositor Pedro Rodrigues uma grande amizade e parceria musical. Nos anos 1980 fizeram juntos um programa na televisão angolana, patrocinado pelo Banco Comercial Português, onde ambos trabalhavam.

Maiúka é pai da cantora guineense Eneida Marta, com quem canta em dueto no CD Mar largo, gravado em Portugal em 2002 e editado três anos depois. Foi o seu último trabalho discográfico. No álbum, há também duetos com o filho Gerson e com o irmão Tonecas. Outras figuras da música que fazem parte da família são Djodje e Mário Marta, seus sobrinhos.

Como compositor, além de gravar os seus próprios temas teve o sua composição “Ixarandi” gravada por Dany Silva, no CD Tradiçon (1999).

Discografia

  • Batuque é feitiço/Viva Cabral, EP, CDA, Luanda, 1975.
  • Ana/Fontona, EP, CDA, 1976.
  • Mar largo, CD, edição do artista, Lisboa, 2005.

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