Tibo Évora
Tiemoko Evora Coulibaly
Paris, 1974
Cantor, compositor, instrumentista (violão)
Filho de pai do Burkina Faso e mãe cabo-verdiana da Boa Vista, Tibo Évora nasceu em Paris, onde cresceu com a mãe, já que o pai morreu cedo. É com ela e um tio, que o ensina a tocar violão, que vai-se impregnando da cultura cabo-verdiana, principalmente as mornas e koladeras da ilha dos seus ancestrais. Aos 11 anos, começou a estudar piano. A música que ouvia em França, como Jacques Brel, Charles Aznavour ou Georges Brassens também contribuem na sua formação musical (http://www.tiboevora.com).
Formado em Ciências Económicas na Sorbonne, a música começa a falar mais alto a partir de 2000, quando começa a atuar em festivais um pouco por todo a França. Cabo Verde, por sua vez, entra na sua agenda em 2012, quando pela primeira vez visita a Boa Vista e pisa um palco no arquipélago, no megaconcerto em homenagem a Cesária Évora realizado em Santo Antão, a assinalar um ano do falecimento de Cize.
Desde essa época vive em Cabo Verde. Se em Paris, durante anos, atuou em espaços noturnos cantando a chanson française, na Boa Vista atua em hotéis e bares com música ao vivo.
Em 2016, lançou o álbum Pombinha. A composição com este título é uma adaptação de Tibo da composição “Pomba mansa”, de Luís Rendall. Outra composição do álbum faz lembrar Luís Rendall, que foi possivelmente o único artista cabo-verdiano a compor um foxtrote, até que Tibo surgisse com “Ribeira d’Cadjau”. O disco é produzido por Hernani Almeida. Nele, Tibo toca vários instrumentos, além de cantar temas próprios e de vários outros compositores, como Jorge Humberto, Patalino, Teófilo Chantre e Vasco Martins, entre outros.
Tibo tem também um lado de ativista cultural e comunitário. Em 2008, quando era presidente da associação de jovens do seu bairro, Saint-Denis (norte de Paris), conseguiu convencer as autoridades a darem o nome de Amílcar Cabral a uma avenida dessa localidade. Foi distinguido em 2010 pela Associação Tabanka, na Itália, com o Prémio Amílcar Cabral, por esse facto.
Discografia
- Pombinha, edição digital, 2016.
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