Arlinda Santos

Mindelo, São Vicente, 1944 – Lisboa, 2021

Arlinda Oliveira Santos

Cantora, compositora

Arlinda Santos desde a adolescência, no Mindelo, está ligada à música. Criou aos 17 anos a sua primeira composição: o poeta Dante Mariano, amigo da família, levara-lhe uma letra sobre um amor desfeito dando-lhe 24 horas para ter a música pronta. “Levei aquilo a sério e fiz a música, ele é que nunca mais voltou para ouvir…”, recorda Arlinda Santos em Cabo Verde & a Mùsica – Dicionário de Personagens. Antes disso, aos 13 anos, fizera a sua primeira gravação, na Rádio Barlavento: “Odjinho magoado”.

Em 1962, integrou o Conjunto de Cabo Verde, que nesse ano realizou uma tournée em Portugal a convite do então Ministro do Ultramar, Adriano Moreira. Arlinda Santos canta em dois dos três singles do grupo. Voltou mais tarde a Portugal como estudante, para cursar Serviço Social. Nesse período, foi a segunda solista soprano do coro misto da Universidade de Coimbra. Prioridades familiares e profissionais, com a militância na luta pela independência pelo meio, afastaram-na da música durante vários anos.

Só retomou as atividades musicais em 2002, ao gravar Chama violeta, álbum produzido pelo seu sobrinho, César Lima, que toca todos os instrumentos de corda. O título do disco é uma referência a uma obra lida em meados dos anos 1980, quando fazia uma especialização em Saúde Pública no Rio de Janeiro, que foi o primeiro passo no seu processo de conversão ao budismo, que praticou desde então.

No início dos anos 1990, Arlinda Santos fez parte da formação inicial do grupo Simentera, que abandonou antes de o grupo realizar a sua primeira gravação.

Discografia

• Participação vocal no EP Folclore de Cabo Verde, 1962, do Conjunto de Cabo Verde.
• Participação vocal no EP Conjunto Cabo Verde, 1962, do Conjunto de Cabo Verde.
• Chama violeta, CD, Firma Braz de Andrade, Praia, 2004.
• Dharma, CD, e/a, SV, 2009.
• Participação vocal no álbum Reflections, de César Lima, 2004.

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