Gabriela Mendes

Mindelo, São Vicente, 1973

Cantora

Como para muita gente em Cabo Verde, a música esteve presente na vida de Gabriela desde muito cedo, com o pai a tocar violão e a mãe a cantar em festas da Igreja Católica. Aos 6 anos, como aluna da Escola Salesiana no Mindelo, começou a fazer parte do coro, e aos 15 era solista do coro da paróquia de Nossa Senhora da Luz. Dessa época guarda a frustração causada por uma gripe, que a impediu de cantar na missa campal que o papa João Paulo II celebrou em São Vicente, na sua visita em 1989.

Na ilha do Fogo, onde viveu algum tempo em finais dos anos 1990, escreveu poemas e participou de tocatinas nos bares de São Filipe, descobrindo então o prazer de interpretar mornas e koladeras, e é depois de um espetáculo de Cesária Évora naquela ilha, em 1998, que decidiu que a música seria o seu caminho. Com Bau, a quem pediu apoio para se desenvolver nessa via, começou a atuar em bares e restaurantes no Mindelo.

A partir de 2000, participou em festivais nas ilhas e mais tarde passou a fazer atuações no estrangeiro. Foi em França, depois de alguns anos atuando pontualmente em espaços parisienses, que gravou o álbum de estreia, Tradição. Em 2012, a convite de Amândio Cabral e acompanhada por músicos norte-americanos liderados pelo pianista Larry Dunlap, Gabriela Mendes gravou interpretações jazzy de temas desse compositor em Um Renovo Musical. Dois anos depois, a sua discografia ganha um novo título, com produção do percussionista suiço Stephan Rigert: Stephan Rigert’s Talkingdrums featuring Gabriela Mendes/Cape Verde.

Discografia

• Tradição, CD, Casa da Morna, SV, 2005 (reeditado em 2007 com versão francesa do tema título em videoclipe).
• Um renovo musical, CD, Coit Music, São Francisco, EUA, 2012. Com Larry Dunlap e grupo.
• Stephan Rigert’s Talkingdrums featuring Gabriela Mendes, CD, Sound Service, Suíça, 2014.
• Participação na compilação Putumayo presents: Acustic Africa, 2006, com o tema “Tradição”.

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