Vadú

Por GN em

Vadu em concerto. Foto: Marlene Nobre

Osvaldo Arménio Dias Furtado

Praia, Santiago, 1977 – Ribeira Grande, Santo Antão, 2010

Cantor, compositor

Inserido na vaga que a partir da virada do século XXI traz à tona a reelaboração do batuku, Vadú teve uma curta carreira, mas com tempo suficiente para deixar dois álbuns a solo. O primeiro, Nha raís, sai em 2004, com produção e direção musical de Aurélio Santos. Três anos depois, sai Dixi rubera, este contando com a colaboração de Hernani Almeida na direção musical.

Ainda antes de lançar o seu primeiro álbum, foi convidado, em 2003, a compor melodias para dois temas do filme As alegres comadres, da realizadora brasileira Leila Hipólito. As suas primeiras gravações em disco estão no CD Ayan! (2002), que partilha com Tcheka, Princezito e grupo Djingo e que foi um marco na afirmação do batuku reelaborado. Pela mesma época, e depois de atuar em espaços musicais na Praia, Vadú começa a aparecer em grandes eventos como os festivais da Baía das Gatas e Gamboa.

Sobrinho de Zezé di Nha Reinalda e Zeca di Nha Reinalda, Vadú contou com Orlando Pantera no seu percurso musical desde que foi seu aluno em aulas de violão, por volta dos 13 anos, no Centro Juvenil dos Picos. Entre 1990 e 1993, esteve a estudar em Cuba. De regresso a Cabo Verde, o seu contacto com a música e artistas mais experientes deu-se no Quintal da Música, onde trabalhava como técnico de som. Foi nessa altura que começou a compor.

Vadú teve o tema “Ladridja” gravado por Zeca di Nha Reinalda, é autor da música que dá título ao álbum Lus de Nancy Vieira e Dino de Santiago em Eva gravou a sua composição “Monte Graciosa”.

Em janeiro de 2010, Vadú seria o cabeça de cartaz das comemorações do aniversário do município de Ribeira Grande, em Santo Antão (ilha pela qual tinha predileção e onde pretendia se instalar). Dias antes do evento, o veículo em que seguia por uma estrada naquela ilha montanhosa despistou-se e caiu no mar, um acidente trágico que chocou Cabo Verde ao interromper-lhe a vida às vésperas de fazer 33 anos.

Discografia

  • Nha raís, CD, Praia Records, Lisboa, 2004.
  • Dixi rubera, CD, AV Produções, Praia, 2007.
  • Participação no CD Ayan!, 2002, com os temas “Chalina”, “Speransa” e “Mi ku bó”.

Composições

Amizadi; Batuco; Bida cansadu; Chalina; Danu txuba; Dixi rubera; Falsia; Fazen sabi; La fora; Ladridja; Lus; Mi ku Bó; Monte Graciosa; Pálu ku palito; Piskador; Preta; Sal bai; Sosiedadi; Sperança; Tabanka; Xibioti; Xintidu;


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