Magda Évora
Magda Helena de Freitas Silva Évora
São Vicente, 1949
Cantora
Filha da pianista Tututa Magda Évora nasceu numa família musical. “Cresci ao som dos acordes do piano da minha mãe, meu tio Tchufe, o avô compositor (Antôn Tchitche)…”, diz Magda Évora (Cabo Verde & a Música – Dicionário de Personagens), que já em criança cantava em público, o que continuou a fazer sempre. Por sua vez, o seu pai, Reinaldo Évora, era um profundo conhecedor das obras de vários compositores cabo-verdianos e ele era frequentemente solicitado para prestar esclarecimentos sobre as letras e mesmo as melodias, refere o jornalista José Luís Santos Spencer, que trabalhou com a cantora. “Assim, apesar da dimensão artística da mãe Tututa, Magda teve também no seu pai um grande mentor na área do canto, sempre primando pelo rigor nas interpretações”, esclarece.
Por volta dos seus 21 anos, refere Magda, “havia festivais da canção, no Sal, ganhei o primeiro lugar (1970) a cantar em francês a música “Après toi”. Na igreja, um dos padres italianos disse-me: já te ouvi a cantar em francês, agora desafio-te a cantar em italiano.”
A certa altura, com Antero Simas e outros integrantes formou o grupo Alma. Vivendo desde criança na ilha no Sal, onde trabalhou como técnica de meteorologia, foi em 1999 que o projeto do seu primeiro álbum a solo começou a se delinear. Resultou em Amor Infinito, disco que reúne mornas da mãe, da irmã Djeny Évora e de B.Léza e ainda temas de Santos Spencer e Yah-Yass.
Estes dois músicos constituíram naquela altura o Núcleo de Promoção Cultural (NPC), que produziu o álbum, tendo também a responsabilidade dos arranjos e direção musical. A gravação foi feita em Paris, numa parceria com Elísio Lopes, sob licença da Morabeza Records Multimedia. Na sequência do lançamento do disco, refere Spencer, o NPC conseguiu levar a artista para atuar em França, Angola e nos EUA, além de vários eventos em Cabo Verde.
Discografia
- Amor infinito, Morabeza Records Multimédia, Paris, 2000.
